Panorama Fronterizo

A participação da equipe multidisciplinar na Universidade Central do Paraguai (UCP), no atendimento aos desabrigados da enchente no Rio Grande do Sul está sendo considerada pelos integrantes como uma experiência que vão levar para a vida toda. A situação de caos e desespero enfrentado por quem se dispor a ajudar fortaleceu os integrantes da UCP e na opinião de todos, fariam tudo outra vez.

Um dos exemplos é da acadêmica de Medicina Weslyne da Silva Bressan Lopes, que já foi coordenadora do Pronto Atendimento Municipal (PAM) e do Hospital Municipal Materno Infantil de Cacoal (RO). Ela foi uma das profissionais selecionadas para integrar a equipe multidisciplinar enviada ao estado do Rio Grande do Sul para prestar assistência aos moradores afetados pelas enchentes.

Ao lado de profissionais e técnicos de várias áreas e capitaneados pelo diretor da UCP em Pedro Juan Caballero, Carlos Bernardo, Weslyne ajudou no atendimento dos desabrigados, no setor de saúde e na distribuição de donativos e alimentos.

A universitária que já está em Pedro Juan Caballero disse que todos voltaram com a sensação do dever cumprido, mas sabedores que ainda há muito para fazer durante a reconstrução. “A alegria de fazer o bem e a liberdade de ajudar por amor são sentimentos impagáveis que levarei comigo para sempre”, disse ela.

Na cidade de Cacoal, a participação da estudante da UCP na Ação Social, foi muito elogiada e há um sentimento de orgulho por parte dos amigos e de todos que acompanham as notícias sobre a presença dela Rio Grande do Sul.

Para Carlos Bernardo que coordenou os trabalhos dos quase 100 integrantes da Universidade Central do Paraguai, os gestos de gratidão do povo gaúcho com quem se dispôs a ajudar, era um incentivo a mais para a equipe, que mesma cansada e enfrentando frio e a chuva não desanimavam e enfrentaram os desafios com determinação.

«Nossos universitários e colaboradores e eu, passamos por uma experiência que jamais esqueceremos. Todos voltamos para nossas casas muito melhores do que quando chegamos. Nós ainda temos casa para voltar e deixamos no Rio Grande do Sul milhares de pessoas sem ter um teto para passar a noite em segurança. Fizemos o melhor que pudemos e continuamos mobilizados para auxiliar na reconstrução. Se voltamos diferente? Sim. Não há como não mudar ao ver tudo que vimos e viver o que vivemos”, disse Carlos.

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