Panorama Fronterizo

Danilo Alves Vieira da Silva, 19 anos, principal suspeito de assassinar e esquartejar o jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, também 19 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira, dia 16 de agosto, a menos de 100 km de onde ocorreu o crime. O rapaz estava escondido em uma residência na cidade de Iguatemi, município distante cerca de 1 hora de Sete Quedas, onde teria cometido o assassinato.

De acordo com o delegado de Iguatemi, Eduardo Ferreira de Oliveira, Danilo estava sozinho e não ofereceu resistência. Ele disse que estava escondido no imóvel há quatro semanas, mas não foi interrogado ainda para dar mais detalhes sobre a estratégia adotada para fugir da polícia. Um das principais hipóteses era que o suspeito tivesse escapado pelo Paraguai.

“Estamos conversando ainda com a delegada responsável pelo caso para saber se faremos o interrogatório aqui ou se vamos transferi-lo para que ele seja ouvido em outro momento, até porque o inquérito já foi concluído e relatado”, explicou Oliveira.

Danilo também tinha advogado na cidade, que foi acionado no momento da prisão e acompanhou o trabalho da Polícia Civil, mas segundo o delegado foi o serviço de Inteligência que descobriu o paradeiro do investigado. Ou seja, ele não se apresentou espontaneamente.

Segundo o site Campo Grande News, contra Danilo, pesa ordem de prisão preventiva (por tempo indeterminado) expedida pelo juiz Mateus da Silva Camelier, substituto na Vara Única de Sete Quedas, no dia 1º de agosto.

A acusação – Danilo ainda não deu sua versão sobre os fatos. Após se entregar à polícia, foi Rubia Joice de Oliver Luivisetto, de 21 anos, quem alegou que o “ficante” havia atirado em Hugo e depois, feito ameaças de morte para que ela e um amigo, conhecido como “Maninho”, escondessem o ocorrido.

A moça também afirmou que foram Danilo e Maninho os responsáveis por colocar o corpo de Hugo na carroceria do veículo dela e se livrarem do cadáver. Disse que não sabia o que havia sido feito do corpo, muito menos do esquartejamento.

De acordo com o que foi divulgado pela investigação, que tramitou em sigilo, Hugo saiu de uma festa em posto de combustíveis em Pindoty Porã, cidade paraguaia que faz fronteira com Sete Quedas, na madrugada do dia 25 de junho. Ele foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e, desde então, não foi mais visto. A família então procurou a polícia e registrou um boletim de desaparecimento.

Uma denúncia anônima levou às buscas pelo jogador ao Rio Iguatemi. O Corpo de Bombeiros trabalhou intensamente, sem sucesso nos três primeiros dias, mas, então, a polícia chegou até «Maninho» – amigo de Rubia, que confessou ter ajudado na ocultação do cadáver. Ele apontou onde o corpo do jogador foi desovado, um ponto do rio que passa por dentro da propriedade rural da família de Danilo.

No dia 2 de julho, bombeiros passaram a localizar partes do corpo da vítima. Foi então que a polícia percebeu a premeditação do crime: os envolvidos haviam cortado a vítima em pequenos pedaços.

Crime premeditado – Para a polícia, Rubia atraiu o ex-namorado até a casa dela, onde ele foi morto por Danilo. Depois, trabalhou na ocultação de provas e para embaraçar a investigação.

Ela nega qualquer premeditação. Alega que Hugo invadiu a casa e o quarto dela, onde estava com Danilo. Ela se levantou e tentou empurrá-lo para fora do imóvel, quando de repente, pelas suas costas, o rapaz atirou contra Hugo.

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